O que não é uma pregação expositiva e o triste afastamento do que deveria ser o púlpito de uma igreja cristã
O que não é uma pregação expositiva e o triste afastamento do que deveria ser o púlpito de uma igreja cristã

O que não é uma pregação expositiva e o triste afastamento do que deveria ser o púlpito de uma igreja cristã

Entre as inúmeras possibilidade do ser humano ter participação no Reino de Deus após ter sido Salvo pela Graça, o chamado para ser um pregador é para mim O Maior de todos os privilégios, um descendente de Adão se colocar de pé diante de seus semelhantes e falar em nome de Deus! Chego a ter dificuldades para respirar só em pensar na responsabilidade. E apesar do privilégio também é verdadeira a afirmação do Jhon Stott: “O púlpito é um lugar perigoso para qualquer filho de Adão ocupar”. (Eu creio na pregação, 344) E toda vez que tenho a oportunidade para pregar, até hoje, seja onde for, me vem aquele temor de quando Deus me levantou para pregar a primeira vez aos 14 anos de idade…

Embora 20 anos já tenha se passado desde que preguei a primeira vez, até hoje não me vejo como o pregador que entendo já deveria ter me tornado, uma vez que tenho pregado ininterruptamente ao longo deste tempo, por isso sigo dando uma atenção especial ao aprimoramento deste serviço para a Glória de Deus.

Abaixo compartilho uma síntese em texto de uma aula sobre pregação expositiva disponibilizada pelo “ministério fiel”, logo após o texto disponibilizo uma edição da aula em vídeo para quem desejar uma contextualização maior acerca do que destaquei.

O que não é uma pregação expositiva e o triste afastamento do que deveria ser o púlpito de uma igreja cristã:

 

  1. Uma abordagem sensível aos que ouvem – Esta é uma abordagem muito centrada no homem. O culto não deve ser pensado em torno do perdido, mas sim para a glória de Deus. 
  2. Uma abordagem motivacional – Esta abordagem também é amplamente centrada no homem diante das superações que viveram. Mas não há menção de pecado, não há um chamado ao arrependimento, não há um alerta sobre o juízo por vir, não há temor de Deus. 
  3. Uma pregação centrada na cultura – Esta abordagem parece pensar que a salvação virá por uma revolução social e não pessoal; por uma revolução política e não espiritual. O nosso calendário homilético não deve estar submisso ao assunto do dia, mas o que já está revelado na Palavra de Deus para ser anunciado. O púlpito não existe para tentar redimir a cultura, ele existe para mostrar aos homens qual a cultura do Reino de Deus. 
  4. Uma pregação centrada nos sintomas do problema da humanidade, ao invés de se concentrar na causa do problema. A saber o pecado, a menos que o ser humano negue a si mesmo e tome a cruz que Cristo oferece, ele nunca encontrará solução para o seu real problema. 
  5. Uma pregação centrada na narrativa para extração de lições morais, a Bíblia em essência não lida com a moralidade terrena, Ela conta a narrativa de Lições eternas. Parábolas são bem vindas na pregação, mas elas não são a pregação em si, são apenas ilustrações. É como dizia C. S. Lewis: “Toda ilustração é limitada”. O que a Bíblia significa? O que Ela requer de nós? É o que a pregação deve comunicar
  6. Um trampolim para lançar o pregador e a audiência para longe da Escrituras. Em tal pregação o texto bíblico só serve como um trampolim e nada mais, o texto nunca tem suas palavras analisadas, ou é amparado por outras passagens que tratam do mesmo assunto ou até mesmo o contrapondo. Não busca apresentar como o texto se encaixa no amplo contexto do livro. E o pior de tudo, nunca apresenta a Cristo. O pregador simplesmente diz o que ele bem entende a partir da força que o texto lhe lançar. 
  7. Um momento de exibicionismo técnico, e por vezes é até desprovido de coerência e beleza com tudo que está sendo exposto.  
  8. Querer transformar em  João 3.16 todas as demais passagens da Escrituras. Para que haja crescimento bíblico, é necessário que haja exposição completa e constante das Escrituras e não monopolização temática. (2 Tm 4.2 e três versos antes Paulo enfatiza que “Palavra” é esta que tem que ser pregada).  

Não queremos com essa exposição dizer que tudo deva ser abolido, mas que manter o púlpito de uma igreja como se fosse um instrumento de uma nota só, mais cedo ou mais tarde começará a fazer mal aos que se reúnem para ouvir o que sai de tal púlpito. Abordagens sobre: cosmovisão filosófica, apologéticas, criacionistas, entre outras tem o seu lugar, só não devem monopolizar o púlpito da igreja.

Antes de saber montar uma pregação expositiva, precisamos entender o que é uma pregação expositiva. Se o alvo não for muito bem estabelecido será muito dispendioso para não dizer infiel sair atirando…  

E o mais importante de tudo, para qualquer verdadeiro filho (a) de Deus: “Se você agrada a Deus, não importa quem você desagrada. E se você desagrada a Deus, não importa quem você agrada […]. Aquele que lhe chamou, preservará você”. Steven Lawson 

Para quem desejar conferir o contexto mais amplo da síntese acima (tempo do vídeo 35 min):

Para você que é pastor, o tempo de um macarrão instantâneo para revigorar seu ministério (tempo do vídeo 3 min):

No mais, sigamos vivendo tão somente para honra e glória de Deus, com estima Cristã!

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Fonte - Pregação expositiva: o que é e o 
que não é (parte II) - Steven Lawson
Tem algum dúvida?