Após três meses estudando a carta aos Efésios por meio da Lição de Escola Sabatina (3º Tri./ 2023), quero aqui ressaltar um dos três temas mais importante para mim entre os abordados ao longo desse estudo, que é o tema da União.
Estou de acordo com o comentário adicional da lição do professor quando diz que: “a unidade da igreja não é opcional para a existência dela”. Todo verdadeiro cristão deve pedir discernimento a Deus para compreender as sutis artimanhas que Satanás tem feito uso afim de comprometer esta unidade tanto na esfera local, como institucional.
É muito difícil imaginar alguém que realmente se veja como tendo encontrado a Cristo, se entregado a uma nova vida segundo o modelo de Cristo, e continuar sendo um promotor de guerra, dissentimentos, intrigas, enquanto ao mesmo tempo levanta o estandarte do príncipe da paz.😵💫
Não quero com isso dizer que quem aceita a Cristo como seu Salvador e Senhor pessoal se torna instantaneamente perfeito. De maneira nenhum, entendo que a santificação é um processo de uma vida inteira. Mas esse espírito de contenda, facção presente na vida de quem diz ter aceitado a Cristo, revela a imaturidade desse novo converso (Deixemos deste modo para não ofendermos a ninguém). E isso não seria um problema, se cronologicamente tal pessoa realmente é alguém novo na fé, contudo, minha preocupação reside por parte daqueles que já dizem estar a caminhar com Cristo a alguns anos e ainda não abandonaram práticas tão imaturas.
No capítulo três de Efésios Paulo vai tratar do mistério de Deus sobre a criação da igreja. E já no capítulo seguinte nos deparamos com a advertência do apóstolo sobre a importância da unidade.
Embora a importância da unidade tenha sido abordado com maior atenção na lição da escola sabatina de número sete (3º tri./2023) com o título: “O corpo unificado de Cristo”. Dado importância do tema ele foi sendo pontuado em outras lições ao longo do trimestre.
Penso ser um consenso dos que estão familiarizados com os ensinos da Bíblia Sagrada que o Senhor não estava interessado na unidade apenas para os dias apostólicos. Ainda hoje Ele deseja a unidade entre: marido e mulher, pais e filhos, prestadores de serviço e seus contratantes, líderes e liderados. “[…] fomos constituídos a igreja de Deus, unidos no Senhor.” (p. 140)
[…] os soldados de Cristo devem agir em harmonia. Não se deve valorizar o trabalho solitário. […] União é força. (p. 150)
“Ao listar e descrever a armadura de Deus como itens individuais (cinto, couraça, sapatos, escudo, capacete, espada), Paulo não pretende descrever um guerreiro solitário. Pelo contrário, em grego, ele usa os verbos na segunda pessoa do plural para se dirigir a um exército inteiro” (p. 151)
“De fato, todos ou a maioria dos outros verbos que Paulo usa ao se dirigir à igreja estão no plural. Por seu uso do plural, Paulo retrata diante de nossos olhos o glorioso exército de bravos soldados de Deus totalmente equipados para a missão”. Do qual eu espero que você esteja alistado e na ativa. 🫡 (p. 151)
“Embora tenhamos uma obra individual, e individual responsabilidade perante Deus, não devemos seguir nosso próprio critério independentemente, sem levar em consideração as opiniões e sentimentos de nossos irmãos, pois esse procedimento acarretaria desordem na Igreja. […] Se os corações forem receptivos, não haverá divisão entre nós”. (Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 29, 30)
“O Senhor cooperará com todo sincero e dedicado soldado da cruz. Mas ninguém pode ser um bom soldado pensando que deve agir independentemente de seus colaboradores e considerando seu próprio critério como sendo o melhor. Os obreiros de Deus precisam se unir, provendo cada qual o que falta ao outro”. (Este dia com Deus [MM 1980, 26 de Abril], p. 123)
Ao considerarmos o tema da unidade a partir da carta aos Efésios fica evidente que:
- A igreja está envolvida no conflito cósmico com a missão de proclamar o evangelho da paz;
- Não estamos lutando sozinhos nessa batalha: Estamos lutando “no Senhor” e em Sua armadura;
- Não estamos lutando como guerreiros solitários, mas como o exército de Deus, o Seu povo;
- Não estamos travando uma batalha sem fim e incerta, mas uma batalha que já tem um desfecho certo: na cruz, Deus conquistou a vitória sobre o pecado, o mal, a morte e Satanás.
Por isso reitero:
A unidade da igreja não é opcional para a existência dela. (p. 163)
E agora lhe pergunto: O que você tem feito para preservar a unidade em sua comunidade local, bem como entre a sua comunidade e a denominação a qual pertencem?
“As pessoas podem professar fé na verdade; mas, se ela não as torna sinceras, bondosas, pacientes, resignadas e focadas nos assuntos celestiais, é uma maldição ao seu possuidor e, por meio de sua influência, uma maldição ao mundo”. 😔 (O Desejado de Todas as Nações, p. 309)
“Paulo tremia pela igreja quando, olhando para o futuro, via os ataques que ela sofreria de inimigos externos e internos. Com solene fervor, advertiu seus irmãos a guardar com cuidado seu sagrado depósito”. (Atos dos Apóstolos p. 251)
Os ataques externos entretanto, não são os que mais me preocupa, na maioria dos casos sabemos de onde eles atacam e que armas usam. Minha maior preocupação consiste nos ataques internos. A realidade deste fato também foi apresentada pelo próprio Cristo ao dizer que os inimigos podem sair da nossa própria casa (Mateus 10.36), a esses inimigos internos Paulo os chamou de falsos irmãos. (2 Coríntios 11.26)
“Nada enfraquece tão evidentemente uma igreja como a desunião e a contenda. E nada luta tanto contra Cristo e a verdade quanto esse espírito”. Que Deus tenha misericórdia de tais pessoas, que sigamos em oração fervorosa para que eu e você não sejamos essas pessoas. (Minha Consagração Hoje [MM 1989, 29 de Setembro], p. 276)
“Queira Deus que as lições a nós dadas, enquanto contemplamos a cruz de Cristo e vemos os sinais que nos aproximam do juízo final se cumprindo, possam impressionar nosso coração e nos tornar mais humildes, mais abnegados e bondosos uns com os outros, menos ressentidos, menos críticos e mais dispostos a levar as cargas uns dos outros. […] Irmãos e irmãs, vi que estamos sob os umbrais do mundo eterno. Precisamos conquistar vitórias a cada passo”. (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 20)
Nunca esqueça que “nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal”. (Efésios 6:12) E embora essa batalha seja intensa, “O mesmo poder que ressuscitou a Cristo dentre os mortos erguerá a sua igreja, glorificando-a com Ele, acima de todos os principados, de todas as potestades, acima de todo nome, não somente neste mundo, mas também no mundo por vir”. (Mensagens Escolhidas, v.1, p. 258)
Por fim, te apresento três maneiras pelas quais podemos contribuir para sermos a resposta da oração de Jesus registrada no Evangelho de João no capítulo 17:
- Compartilhar as atitudes de humildade, gentileza e paciência de Cristo;
- Contemplar o modelo supremo para a vida da igreja: as três Pessoas da Divindade (Pai, Filho e Espírito Santo) e Sua obra na criação e redenção;
- Fazer uso dos dons espirituais concedidos por Deus para abençoar a igreja afim de que ela cresça em número e unidade.
Tenho razões para crer que essas ações são importantes para promover a unidade na igreja. Quando nos esforçamos para sermos humildes, tolerantes e ativos, estamos criando um ambiente em que as pessoas se sintam acolhidas e respeitadas. Isso torna mais fácil para elas se unirem em torno de um propósito comum.
Contudo sem oração os efeitos de tais esforços serão de pouquíssima duração. E se o próprio Jesus orou pela unidade da Igreja conforme pode ser lido em João 17. Eu penso que deve ser importante nós também orarmos pela unidade da igreja. Deus é o único que pode nos dar o poder de superar as nossas diferenças e de trabalhar juntos para o Seu reino. Assim sendo, sigamos orando e trabalhando por isso.
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Que o amor por Cristo seja a motivação de nossas vidas.
Reynan Matos, Mantena – MG – Brasil
Setembro de 2023