Martin Luther King Jr.

Famoso pelo seu discurso intitulado: “I have a dream” (Eu tenho um sonho),  Martin Luther King é uma das personalidades que tenho admiração, compartilho com você um pouco sobre a biografia desse ícone da humanidade, a maioria das pessoas que tem alguma familiaridade com essa nome, pensa que sua luta visa beneficiar apenas os afro-americanos, mas na realidade quem luta contra toda e qualquer forma de racismo beneficia não apenas a vítima, mas também o agressor, li certa vez que o racismo não é algo que prejudica apenas os descriminados, ela também corrói o discriminador. Desse modo, a liberdade que ele buscava para negros que não tinham mais correntes físicas, também traria liberdade aqueles brancos que tinham uma mente aprisionada a ilusão de uma supremacia sem nenhum fundamento…

Após ler um pouco a respeito da vida desse grande ser humano, eu gostaria de lhe dizer que o seu legado vai além da busca por direitos iguais aos pertencentes de uma mesma raça. Sua vida é uma prova de que uma vida que vale apena ser vivida, exige a existência de uma sonho claro e objetivo, embora normalmente não seja fácil de alcançá-lo. Espero que você inclusive tenha o seu, e se não for esse o caso, estarei orando para que Deus lhe ajude com isso… E assim como ocorreu com o Martin espero que Deus também lhe cerque de pessoas que lhe ajude na realização desse sonho, pq é na solidariedade, e na união entorno de um ideal que encontramos a verdadeira força para realizarmos Grandes Sonhos!.

Minha reflexão a respeito dessa biografia se da a partir da leitura do livro: “O jovem Martin Luther King”,  escrito por Christy Whitman, e publicado pela Editora Nova Alexandria em 2013.

Declarações que me impactaram nessa leitura

A luta pela justiça é um dever de todos. Pai de King Jr. p 45

“Não aceitem que as coisas erradas pareçam certas só porque vocês estão acostumados com o erro”. Mr. Parker (Professor de filosofia da Morehouse College em 1945) p. 64

“Tempos difíceis têm um valor científico, e são ocasiões que um aprendiz não pode perder”. disse Ralph Waldo Emerson em um artigo (p. 64)

“A adversidade desperta em nós capacidade que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas”. Horácio o poeta.

“O diálogo é sempre melhor que a agressão”. King Jr. (p. 69)

“Porque existe tanta ignorância? por que tanta luta vã se tudo se reduz a pó!”. King Jr. (p. 77)

“Devemos criar as oportunidades e não somente encontrá-las”. Benjamin Franklin (p. 96)

“O homem não pode fazer o certo numa área da vida enquanto está ocupada em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível”. Gandhi (p. 97)

“A não violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de dota evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres da planeta, nós continuaremos selvagens”. Thomas Edison (p. 97)

“Alguns nascem grandes, outros atingem a grandiosidade e alguns têm a grandiosidade lançada sobre si”. Shakespeare (p. 97)

“É costume de um tolo, quando erra, queixar-se dos outros. É costume de um sábio queixar-se de si mesmo”. Sócrates (p. 97)

“Os amigos são os que na prosperidade comparecem ao serem chamados e na adversidade não esperam ser chamados”. Demétrio (p. 97)

“A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio”. King Jr. (p. 97)

“Quem é dono de uma vontade firme, modela o mundo ao seu efeito”. Goethe, (p. 111)

😅 Opinião e umbigo todo mundo tem!”. King Jr. (p. 124)

“Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos”. King Jr. (p. 131)

“Aquele que viver pela esposa, sob a espada irá perecer”. Jesus (Mateus 26.52; p. 147)

“Um verdadeiro líder não precisa gritar para ser atendido”. King Jr. (p. 147)

 

Trecho de suas pregações

Seus sermões dominicais eram um chamado à consciência. ‘Meus irmãos, lembrem-se do sacrifício do nosso Salvador Jesus Cristo, e em seu nome, não esmoreçam jamais. Jamais!'”. (p. 133)

“Tenho um sonho, sim, irmãos, eu tenho um sonho. No dia em que vivermos em harmonia, respeitando as diferenças de raça, de religião, sem fazer desta Terra um  inferno, mas um paraíso, então poderemos dizer: somos livres, finalmente, somos livres!” (p. 134)

Em outra mensagem ele disse: “O inimigo precisa de nosso ódio para se alimentar. Não daremos este alimento. só assim vamos enfraquecê-lo. Confiem na justiça do Senhor, confiem em vocês mesmos”. (p. 148)

 

Alguns destaques e consideração sobre sua vida

Já no início a autora o descreve como alguém elegante que sempre se trajava de terno preto, gravata e camisa branca. Assim que eu li a esse respeito, entendi pq uma certa pessoa que conheço, e penso que em certa medida também luta contra certo sistema, faz tanta questão de não abrirmos mão da elegância…

No dia de seu assassinato Ralph Abernathy correu até ele e o encontrou no chão como resultado do tiro que havia tomado: “Em seu semblante havia uma surpreendente paz, típica dos homens que saem da vida certos de terem cumprido a sua missão”. (p. 12) Você que está lendo isso agora tem clareza acerca de qual é a sua missão? Se sim, como está o desempenho da mesma?

“Segurando Martin Luther King Jr. em seus braços, o reverendo chorou como uma criança, e disse ao velho amigo: Você está livre… Afinal, você está livre”. (p. 12)

A família King entendia que: “O grande mal do mundo,, causador de todo sofrimento, atende por este nome: ignorância. (p. 18)

Em certa ocasião ao observar um ônibus parado do outro lado da rua, e ver os negros dando lugar para que os brancos sentassem, enquanto os mesmos se dirigiam ao fundo do ônibus, já que está era a lei em Atlanta no EUA, naquele instante ele tomou a decisão que Lutaria pela justiça. E inspirado em Ghandi ele partiu para luta, contudo pautado pela não violência, assim como Ghandi fez para expulsar os colonialistas ingleses da Índia.

Esse conceito de luta era algo claro para ele, em outro episodio de sua vida ao ser classificado por um de seus amigos como um conformado ele respondeu: “Eu apenas escolho as boas causas. Se vejo que é possível mudar, não desisto enquanto não consigo. Mas se não tem jeito, espero uma outra hora. Isso é ser conformado”. (p. 19) E você que lutas tem lutado, todas que a vida tem te apresentado ou você tem tido sabedoria para escolher as quais lutar? Comentando o trecho desse livro com um amigo ele disse o seguinte: “Se não achamos o caminho então fazemos um, embora isso requeira mais tempo”. Cuidado, não queira lutar todas as batalhas que a vida lhe apresenta pq você pode se ver esgotado na hora de lutar aquela que viria a ser a sua última batalha, e com isso comprometer sua Vitória Final.

Como diz o ditado: “Dar murro em ponta de faca não é sinal de inteligência. Esperar a hora de agir: isso sim é sabedoria. […] Firmeza não quer dizer grosseria, […] e também doçura não significa fragilidade“. (p. 20)

King Jr. é definido como um professor de conduta.

Desde muito cedo ele tinha claro na sua mente a distinção entre “Erudição” e “conhecimento”, ele disse certa vez a um amigo afim de ilustrar a diferença entre ambos: “Você pode decorar todos os livros de uma biblioteca e ainda assim continuar sendo um verdadeiro idiota, um repetidor, um tagarela, entende?” (p. 24)

Aos 15 anos ele foi admitido para o bacharelado em sociologia na Morehouse, antes mesmo de terminar os estudos secundários. Enquanto o seu pai dada as dificuldades ainda piores de sua época só terminará o colegial aos 26 anos de idade. Ressalto essa realidade, para que mantenhamos sempre em mente que com ousadia, determinação, sem perdermos tempo com a vida alheia, poderemos ir além, e honra desse modo o legado dos nossos pais.

Embora não tivesse tanto estudo quanto gostaria o Pai dele tinha muitas qualidades, entre elas a capacidade de lutar para que a amargura não encontrasse em seu coração um solo fértil para fincar raízes, e certa vez ele disse aos filhos: “Lembre-se: ninguém é superior a vocês, mesmo que sofram com o preconceito, não se abatam. Lutem com amor, paciência e tolerância, mas não deixem de transmitir a mensagem”. (p. 40)

Além da sua elegância e de seu compromisso com uma conduta cristã, ele também era conhecido como ótimo cantor, algo que fazia desde os 5 anos de idade, e que quando o fazia aumentava sensivelmente as doações, e com isso a igreja podia ajudar a mais crianças. (p. 47)

Entre as qualidades do seu pai ele admirava a eloquência e a capacidade de mobilizar. “Um dia eu vou falar bonito que nem o papai – ele dizia para sua mãe”. (p. 48) E a oportunidade não demorou muito, ele foi escolhido para representar a escola em um concurso de oratória no estado da Geórgia nos EUA, mas ele ficou em segundo lugar. Quando eu li isso fiquei pensando quais são as minhas características que mais se sobressaem, como elas tem influenciado aqueles a minha volta? Espero que você tenha condições de dedicar algum tempo a considerar essa questão no que diz respeito a você.

Antes de avançarmos nessa biografia, eu gostaria de transcrever três episódio que me marcaram bastante:

Uma semelhança acidental entre White e King Jr. (p.32)

Ellen White em certa ocasião levou uma pedrada que lhe trouxe dificuldade por toda a vida. Ele teve uma tacada de beisebol. “No meio do jogo, Alfred lançou e errou a bola. O taco escapuliu de sua mão, saindo voando e acertou a cabeça de Martin em cheio. O barulho foi assustador, Martin caiu e ficou estendido, inerte, lívido. – Será que matei o meu irmão? Vocês viram, não foi de propósito. – O taco escapou, nós vimos – asseguraram os amigos. Depois de um tempo, Martin abriu os olhos.

– Você está bem, Martin?

– Estou, mas você não.

– Hein?!

– Foi sua terceira batida… e você está fora!

Quando os dados no dinheiro não eram suficiente para determinar o seu valor. (p. 42)

Nas vésperas de ir para a Morehouse Martin com o seu pai foram comprar um sapato para o jovem em uma das melhores lojas de Atlanta, ao escolher um modelo e pedir que buscasse um de número 41, o vendedor informou que era muito caro, eles responderam que poderiam pagar o preço que fosse. Ao retornar com o sapato o vendedor os convidou a se dirigirem aos fundos da loja, o reverendo informou que estavam bem ali, que iriam provar a li mesmo, contudo o vendedor insistiu e lembrou que esse era o procedimento em Atlanta, então o reverendo respondeu:

– Se o senhor considera que suas cadeiras são muito boas para mim e para meu filho, então nosso dinheiro também não serve para o senhor.

E na saída ele disse ao filho: “Vamos procurar uma loja onde o nosso dinheiro seja apenas verde”.😅

Ao chegar em casa e narrar o ocorrido o pai ensinou que “o bolso é um grande conselheiro para os desavisados”. (p. 44) E que o vendedor também não deveria ser agredido pq era uma vítima da “ignorância” Alberto concluiu, demonstrando que o pensamento da família estava alinhado.

Não confunda um homem com um garoto (p. 46-47)

Eles conversavam sobre que rumo profissional de fato King Jr. seguiria quando de repente uma viatura fez sinal para que parassem o carro. “Como a maior parte dos sulistas, o policial dirigiu-se ao reverendo King tentando depreciá-lo por ele ser negro:

– Ei, garoto, deixa eu ver sua habilitação.

O reverendo King estivou o braço e pegou a habilitação no porta-luvas, e, sereno, sem colocar ironia nas palavras, entregou ao policial, dizendo:

– Ele é um garoto – apontando para Martin. – Eu sou um homem!

O policial ficou sem reação. Não sentiu-se agredido, pois o reverendo King tinha a voz calma e firme. Pegou a habilitação e percebeu que fizera papel de ridículo. Agrediu um homem e este portou-se com elegância, não respondendo à altura – ou à falta dela Desconcertado, examinou superficialmente a habilitação do reverendo King, devolveu-a e despediu-se, tentando consertar:

– Está tudo certo. Vão com Deus.

– Ele não nos abandona jamais – o reverendo King engatou a marcha e partiu. E também “partiu” ao meio o preconceito do policial.

Na Morehouse College, uma instituição que funcionava há mais de 75 anos, fundada por um pastor negro, o reverendo William Jefferson White, e embora contasse com o apoio de batistas negros e brancos, era dedicada exclusivamente a estudantes negros. E essa instituição tinha o prestígio de ter formado grandes homens.

Desde a sua chegada Martin conquistou a admiração de todos os colegas por sua postura firme, superior e pacífica.

Martin considerava a igreja o seu segundo lar, e as palavras do seu pai no púlpito da igreja nunca saia de sua mente, quando esse pedia para que “seu povo andasse de cabeça erguida, que não se deixasse abater pelas leis quase sempre desfavoráveis” (p. 54) contra eles. E isso deveria nos fazer pensar também…

E o pai dele dizia mais: “Andem humildemente com Deus mas com muita alegria de viver e certos de que a justiça do Pai chegará”. (p. 54)

“A igreja também foi o lugar onde Martin viu a sua família colocando em prática os ensinamentos do Evangelho, ajudando pessoas necessitadas. Quando alguns conhecidos passavam por dificuldades, sua mãe e avó materna, Jennie, preparavam cestas de alimentos para um socorro imediato. Mas a ajuda mais eficiente era a do reverendo King, fornecendo alimento espiritual que os mantinha de pé, na luta por igualdade e justiça de tratamento”. (p. 54)

Somado ao testemunho da sua família e as pregações de seu pai, Martin seguia abertamente a cartilha da “desobediência civil” escrita por Henry David Thoreau. (p. 55)

“Como nós podemos nos unir?” era a questão que ele mais pensava, mas as ideias não eram originais. E tenho a impressão que essa é uma questão que muitos de nós também deveríamos buscar considerar…

Ele estava disposto a lutar, mas não abria de que nessa luta ele não usasse as mesmas armas do inimigo que ele combatia. A ignorância.

Um dia na aula de filosofia o professor Mr. Parker apontou para vários alunos e envolvido por um dialogo com Martin disse: “Enquanto todos vocês não questionam nada, e aceitam a vida como ela vem. Enquanto os homens não forem em busca de sua essência e não compreenderem o que vieram fazer neste mundo, nada vai mudar, porque é mais cômodo ficar como está. Mesmo que esteja doendo um pouco”. (p. 63)

É como está relatado nas frases de destaque no fim dessa postagem por vezes a adversidade tem capacidade de acelerar nosso crescimento.

Segundo o artigo de Ralph Waldo Emerson sobre Platão, ele diz que pouca originalidade do pensamento veio depois desse filosofo. E parece que é uma declaração que permanece até hoje. O que nos deveria fazer considerar nas palavras de Salomão quando adverte no livro de Eclesiastes (1.9) o fato de não haver nada de novo debaixo do sol. Será mesmo que vivemos em essência dias tão distintos na humanidade do séc. XXI?

Seguindo com a biografia de Martin, muito me impactou a definição de Dante Alighieri (poeta italiano) para pessoas que vive a dar palpite, apenas por não conseguirem preservar o seu silêncio: “Pessoas que anoitecem antes de entardecer”.

Embora tivesse um leque variado de leitura, “Martin era um devoto estudioso das Escrituras, inspirava-se nos sermões que ouvia nos cultos dominicais, mas tentava encontrar um elo entre o ensinamento cristão e a prática política. A discriminação racial era uma questão política, isso era claro para ele. O que ainda não estava totalmente elucidado em sua mente era a maneira de agir contra essa injusta situação”. (p. 76)

As vésperas de sua formação ele se encontra com Malcom, alguém “que tinha ideias bastante agressivas em relação aos brancos e não escondia de ninguém sua filosofia do ‘olhos por olho, dente por dente”. (p. 81)

Em conversa com com Malcom em outra momento ele explicou que, embora fosse visto como um cordeiro, ele defendia uma maneira inteligente, com uma estratégia política que faça a coisa funcionar. (p.81)

A razão da revolta do Malcom é compreensiva diante das lutas que viveu desde muito cedo, com a perda de seus pais, e em seguida sendo levado a uma instituição para delinquentes. (p. 81)

E antes dos 19 anos de idade, cheio de possibilidades, ele ponderou que: “Serei pastor. Essa é a melhor maneira de servir meu povo”. (p. 84)

“Aos 19 anos, Martin formou-se bacharel em sociologia pela Morehouse college, e naquele outono se matriculou no Crozer Theological Seminary  que fica localizado em Chester, Pensilvânia. (p. 84)

“E a cada dia aumentava o seu interesse por religião e filosofia. Acreditava que encontraria nos livros o conhecimento que faltava para lutar contra a injustiça; gostaria de ser um tipo de pastor que, além da salvação do espírito, também salvasse o corpo”. (p. 87)

“Desafio” era uma palavra que não o assustava.

“Martin gostava das motivações proporcionadas por situações novas. Não era do tipo que abandonava a luta. Para ele, a luta terminava quando ele vencia, e enquanto não vencesse, não desistia. Jesse [amigo de Martin] brincava dizendo que a página do dicionário que continha a palavra desistir havia sido arrancada por Martin”. 😅 (p, 88)

“Em Crozer (faculdade em que foi fazer teologia), Martin era um dos seus alunos negros. Havia aproximadamente cem brancos, por isso ele sabia que seu comportamento escolar – e também fora de sala de aula – estaria sendo observado; assim, cada passo deveria ser bem pensado”. (p. 89)

“Na primeira semana de aula, Martin conheceu vários rapazes, brancos e negros, e como fazia amizade facilmente, logo se enturmou”. (p. 89) E essas amizades surgiram das ocasiões mais inusitadas possíveis, como a com Bill, alguém que injustamente havia lhe apontado uma arma após lhe acusar de uma brincadeira que ele não havia feito, e que fora provado posteriormente… Sobre esse episódio ficou evidente que o Amor é mais eficiente que qualquer autoridade. (p. 94)

Curiosidade: “No Crozer, Martin dedicava-se a estudar o Evangelho de Jesus, além de livros de grandes líderes”. (p. 95)

Curiosidade: “No final de semana, os estudantes saíam para passear, e Martin, ao contrário, ficava recolhido em seu ‘ninho’, lendo, estudando e meditando. Tinha um caderno só para anotar frases de grandes pensadores [compartilho algumas dessas frases no final desse posts sobre o título: Declarações que me impactaram nessa leitura]”. (p. 96)

“Aos 22 anos de idade, Martin formou-se bacharel em religião no Crozer. Por ter sido o melhor da classe, foi escolhido para fazer o discurso de conclusão”. (p. 101)

“Em setembro de 1951 aos 22 anos, Martin foi para a Universidade de Boston dar início aos estudos de doutorado em Teologia Sistemática”. (p. 107)

Para Martin, “alguma religião é melhor do que nenhuma religião”. (p. 110)

Outra ideia que ele defendia era a de que: “Se acreditamos em Deus, devemos acreditar em nós mesmos, em nosso potencial”. (p. 114) afinal fomos criados a sua imagem e semelhança, e devemos ter clara em nossa mente acerca da nossa real condição…

Uma das característica presente na vida da maioria das pessoas que deixaram um legado diz respeito a clareza da missão que esse tinham para a vida, e com Martin não foi diferente, ele fazia todos saberem que sua missão era libertar o povo negro dessa escravidão chamada discriminação. (p. 119)

Aos 24 anos de idade, no dia 18 de Junho de 1953 Martin se casa com Coretta, no jardim da casa da noiva, numa cerimônia dirigida pelo pai de Martin (p. 129)

A irmã de Martin falando sobre o irmão com sua cunhada disse: “[…] Ele tem uma coisa com o preconceito… Parece que o Martin não consegue tirar essa ideia de sua vida, ele quer mudar o mundo! Desde pequeno ele é assim. Papai e vovô nunca aceitaram a discriminação contra os negros de braços cruzados. Martin é o topo dessa linhagem”. (p. 130)

Os amigos dele reconheciam que ele não havia nascido para levar uma vida comum, ele era tido como uma luz para eles. Mas também era reconhecido por todos, pais, irmãos e amigos como um verdadeiro cabeça dura 😅 (p. 131)

O que sabemos sobre a esposa de Martin? Tinha o sonho desse uma cantora reconhecida, e embora realmente cantasse bem, ela era reconhecida como uma mulher forte e decidida. (p. 131)

Sua esposa dizia que ele era um esposo atencioso e gentil, mas que também era um cabeça dura, ele toda via a esse respeito se via como um homem perseverante😂🤣😂 (p. 132, 135)

“Alguns meses antes de formar-se, Martin e Coretta estavam em dúvidas quanto ao futuro do casal. [Afinal] não é qualquer recém-formado que é convidado para lecionar em três faculdades, [além] das três igrejas que lhe ofereceram o convite para pastoreá-las”. (p. 132) Essa é uma realidade inimaginável para aqueles que viveram, ou vivem a chamada crise de chamados no ministério adventista…

“Martin acreditava que um dia era hoje: Precisamos fazer alguma coisa – ele insistia”. (p. 134)

Certa vez conversando com sua esposa ele disse: “As pessoas são muito acomodadas, acham que as coisas têm que cari do céu. […] Imagine se Deus em sua infinita bondade e inteligência via nos dar alguma coisa que não merecemos…”. (p. 135)

Vou insistir com isso para que nos apercebamos de como o senso de missão é claro e permanente: “Desde a infância, Martin tinha um único pensamento que não lhe abandonava: a liberdade do povo negro, custasse o que custasse”. (p. 137)

Ao promover o boicote em Montgomery, e ao ser indicado se aquela ação surtira os resultados pretendidos, ele disse: “via doer no bolso deles, depois a dor vai subir para a consciência”. (p. 139)

Após o sucesso do boicote e o surgimento de novas demandas, ele compartilhou com sua esposa a sua preocupação acerca do tempo dele para ficar com ela e sua filha estavam cada vez menores, mas sua esposa mais uma vez o tranquilizou, e reafirmou a disposição dela de apoiá-lo em suas lutas… (p. 142)

Ao ser preso certa vez o policial lhe disse: “O senhor me perdoe, mas vou ter que prendê-lo”. E o Martin lhe respondeu: “Está perdoado”. (p. 149)

A semelhança de Martin também resistamos ao conforto da mediocridade…”A mediocridade deve ser combatida por todos”. (p. 154)

Não foi sem razão que ele foi escolhido duas vezes o “homem do ano” pela revista Time. (p.154)

Aos 35 anos ganhou o prêmio Nobel da Paz – “o mais jovem ganhador, e o segundo negro norte-americano a receber a distinção.[…] Após seu discurso aos receber o prêmio, ele demonstrou que era um homem excepcional: não guardava rancor, e sua guerra era contra injustiça, não contra os homens. [ele finaliza esse discurso, emocionado, citando um velho escravo] Não somos o que devemos ser, não somos o que queremos ser, não somos o que seremos. Mas graças a Deus, não somos mais o que éramos“. (p. 154)

Aqui encerro minha consideração sobre a breve vida de Martin Luther King Jr. um ser humanos que “sonhou e ousou lutar por um sonho.[…] Um homem corajoso, que lutou pela liberdade acreditando no amor entre os homens,[e] foi atingido por um covarde”. (p. 154, 156)

Personalidades que impactaram de alguma maneira o pensamento do Martin Luther King Jr. 

Harriet Tubman foi a mais famosa abolicionista mulher nos Estados Unidos. Nascida escrava em 1821, conseguiu fugir em 1849, tornando-se uma militante na luta contra a escravidão. Ela ia e voltava para os estados do Sul, ajudando escravos a fugir para o Norte ou para o Canadá. Conseguiu salvar mais de 300 escravos. Apesar das quantias cada vez maiores oferecidas pela captura, nunca foi presa e jamais perdeu um ‘passageiro’, como chamava os escravos que levava para a liberdade, sem nunca pedir nada em troca. Durante a Guerra Civil, transformou-se numa espiã atrás das linhas confederadas, a serviço dos estados do Norte.

Henry David Thoreau – “Aceitou com entusiasmo o lema ‘O melhor governo é o que menos governa’ […] O melhor governo é o que não governa de modo algum’; e quando os homens estiverem preparados, será esse o tipo de governo que terão’. Seu exemplo inspirou vários líderes pacifistas no século XX, como o escritor Tolstoi e Gandhi”. (p. 165)

Malcolm X e Gandhi: diferentes visões para a libertação – “Além do ódio dos brancos, os negros norte-americanos também tiveram de enfrentar a divisão interna na luta contra a discriminação oficial do governo dos EUA. [o encontro que é narrado nesse livro é ficcional] mas esclarece bastante a colocação dos problema racial para ambos, e parte das razões do radicalismo de Malcolm X”. (p. 166)

Na imagem ao ao lado você tem Martin Luther King Jr. jantando com sua família, a composição desse lar é de pai, mãe e quatro filhos, um observador atendo não ira negligenciar o quadro do pacifista Gandhi pendurado na parede acima do Martin.

Essa imagem nos mostra como a figura do líder indiano era importante para aquele que replicaria sua maneira de lutar em beneficio de outros….

Breve Cronologia da Vida do Martin Luther King Jr. 

— Nasce em 15 de janeiro de 1929

— Aos 16 anos em 1945 Ele entra na faculdade de sociologia e conclui em três anos.

— Aos 19 anos em 1948 Ele inicia o bacharel em teologia e conclui em três anos.

— Aos 22 anos em 1951 Ele inicia o doutorado em teologia sistemática

— Aos 24 anos em 1953 Ele se casa com Coretta

— Aos 34 anos marcha para Washington acompanhado de outras 300.000 pessoas

— Aos 35 anos ganhou o prêmio Nobel da Paz

— Aos 39 anos é assinado

Com estima Cristã!

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