Os parágrafos a seguir tem o objetivo de fortalecer a importância do auxílio aos mais necessitados, entretanto esperamos também alertar para que tal atividades não desvie a igreja da razão de sua existência.
“Compaixão para com os oprimidos — Aqueles que permanecem como reformadores, portando a bandeira da mensagem do terceiro anjo, são os que devem chamar a atenção dos corações para a pessoa faminta e satisfazer a alma aflita. Devem fazer a obra de Cristo com o ser cheio de compaixão pela viúva e pelo órfão. Quão estranhamente esse trabalho foi negligenciado! Outras denominações forneceram casas para os sem-teto. Por que nós não estamos há anos planejando cuidar desses necessitados que Cristo nos confiou e que Ele declara serem representantes de Si mesmo? Por que nosso povo tem sido tão lento em ouvir os fervorosos apelos por ajuda? A dor e aflição da viúva e do órfão devem ser nossas. Por que o coração daqueles que deveriam ser para eles mensageiros de misericórdia não foi incentivado a aliviar a angústia, a transmitir compaixão, consolo e aconselhamento aos que carecem disso? Aqueles que fecham os ouvidos aos clamores dos necessitados um dia chamarão, e o Senhor ficará surdo às suas súplicas. Mas para aqueles que exercem a ternura e o amor de Jesus para com os pobres e desafortunados, para aqueles que não são consumidos pelo egoísmo, cujas almas são levadas em piedade e tristeza pelas aflições dos outros, a promessa é que “vocês pedirão ajuda, e o Senhor responderá; gritarão por socorro e Ele dirá: ‘Eis-Me aqui’ (Is 58:9). É Deus perguntado: “O que você tem? O que devo fazer por você?” O Senhor tem pronta ajuda para aqueles cuja compaixão é exercida para com os oprimidos e tristes. Nosso Deus é gracioso, cheio de compaixão e terna piedade. Sejamos como Ele. Aqueles que são redimidos pelo sangue do Cordeiro, por meio do espírito que lhes foi dado por Deus, farão tudo o que estiver ao seu alcance para consolar os quebrantados de coração e os tentados, aliviar os oprimidos e realizar a obra que Cristo lhes deixou para fazer (HM, julho de 1891)”.
Contudo, tenha cuidado para não tornar prioritário o que é secundário “[…] Satanás misturará tanto seus enganos com a verdade que questões secundárias serão criadas para desviar a atenção do povo da grande questão: a prova a ser trazida sobre o povo de Deus nestes últimos dias. Pela luz que Deus me deu, sei que a pregação da mensagem do evangelho para este tempo está sendo substituída pelo trabalho assistencial entre as classes sociais menos favorecidas economicamente. Esse ministério está se tornando a atividade de maior demanda atualmente, mas isso não está no propósito de Deus. Afinal, essa é uma obra interminável. Se for feita como no passado a fizeram, todas as forças do povo de Deus serão demandadas nisso, e a missão de preparar um povo para resistir aos perigos dos últimos dias nunca será feita (Carta 28, 1900)”.
“Ação social é importante, mas não é tudo — Recentemente despertou-se um grande interesse pelas classes pobres e marginalizadas. Uma grande obra foi iniciada para a elevação dos desfavorecidos e arruinados. Isso em si é um bom trabalho. Devemos ter sempre o espírito de Cristo e devemos fazer a mesma classe de trabalho que Ele fez pela humanidade sofredora. O Senhor tem uma obra a ser feita pelos excluídos. Não há dúvida de que é dever de alguns trabalhar entre essas pessoas e tentar salvar quem está perecendo. Isso terá seu lugar em conexão com a proclamação da mensagem do terceiro anjo e a recepção da verdade bíblica. No entanto, há o perigo de sobrecarregar todos com esse tipo de trabalho por causa da intensidade com que é realizado. Há perigo de levar as pessoas a concentrar suas energias nessa direção quando Deus as chamou para outra atividade”. A saber a de pregar as Boas Novas do Evangelho conforme sintetizado em Apocalipse 14.
As citações acima podem ser encontradas também no livro "As três mensagens angélicas" da CPB, 2023, p. 82,88,128
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No mais, sigamos vivendo tão somente para honra e glória de Deus,
Que o amor por Cristo seja nossa motivação!
