Aprendendo com quem viveu mais do que eu
Aprendendo com quem viveu mais do que eu

Aprendendo com quem viveu mais do que eu

Em certa ocasião, desfrutava do primeiro almoço do ano com uma família muito amiga. Enquanto discutíamos uma variedade de tópicos, a matriarca da família trouxe à tona os desafios enfrentados na velhice, destacando que as pessoas têm a tendência de negligenciar os idosos. Uma das filhas respondeu: “Há idosos que se afastam por vontade própria.” Essa discussão ressalta a importância de refletirmos sobre como tratamos a geração que nos antecede.

Desde a infância, busquei dar atenção especial a todos, especialmente aos mais experientes ao meu redor. Agora, compartilho percepções preciosas de dois homens que podem falar com propriedade sobre a brevidade da vida. Certa vez, um neto perguntou a seu avô de 90 anos o que ele teria para perguntar a Deus. Ele respondeu: “Eu? Perguntar? Quem sou eu para questionar algo a Deus? Perguntar não; mas pedir… isso, sim! Peço a Deus que não me abandone. A vida é efêmera, Pablo! Somos como a erva do campo, que hoje está aqui, amanhã o sol a queima. Tenho que assegurar que Deus não me deixará.”1 O irmão Guilherme, que viveu 96 anos, teve a oportunidade de ler a Bíblia 137 vezes. Como temos conduzido nossas vidas? Estamos conscientes de sua brevidade? Aproveitamos o tempo em virtude dessa realidade ou somos paralisados pelo medo? E quanto à nossa comunhão diária com Deus, está em dia?

O segundo homem de quem compartilho preciosas lições é o Pr. George W. Brown. A entrevista foi concedida a sua neta por ocasião de seu 100º aniversário e aqui está o que mais me impactou da entrevista2:

  1. O que o senhor aprendeu sobre Deus? Aprendi que sem Ele não posso viver, e sem Ele não ousaria morrer.” (Rm 14.8)
  2. O que o senhor aprendeu sobre o ministério? [Que é um] serviço redentor de autodoação.” (2 Co 6.1)
  3. O que o senhor aprendeu sobre liderança? Adotar o estilo de liderança de Cristo nos capacita a liderar com humildade, integridade, amor e fidelidade.” (Fl 2.5-8)
  4. O que o senhor gostaria que as pessoas da igreja se lembrassem? É imperativo que nos lembremos de nossa rica herança, nossa origem profética e nosso mandato universal [e urgente de pregar as três mensagens angélicas].” (Apoc. 14.6-12)
  5. O que o senhor gostaria que os pastores soubessem ao iniciar seu trabalho? Gostaria que soubessem que a chave para um ministério bem-sucedido é a capacitação do Espírito Santo (At 1:8; Zc 4:6). O Espírito Santo não capacita máquinas, instituições, organizações ou tecnologia de ponta. Ele capacita pessoas que se rendem totalmente ao senhorio de Cristo. Todos os que ingressam no ministério devem se manter vigilantes em relação aos perigos do institucionalismo, do secularismo e da apatia de Laodiceia. O sucesso no ministério é garantido quando ele é centrado em Cristo, guiado pelo Espírito, biblicamente sólido e orientado para a missão!”

“São poucos aqueles que colocam tudo aos pés de seu Pai celestial e o fazem de todo o coração. Ao longo de seu ministério [40 anos como pastor e desses 13 sendo presidente da Divisão Interamericana], George Brown desafiou a si mesmo e à sua igreja a sempre retornar às Escrituras, buscando a autorreflexão com a intenção de crescer, em vez de presumir que já absorvemos tudo o que há para saber na vasta beleza da Palavra de Deus.”

Diante das reflexões sobre a efemeridade da vida e a importância de valorizar os que nos antecederam, somos desafiados a repensar a maneira como conduzimos nossa jornada. Que possamos aprender com a sabedoria acumulada daqueles que já percorreram o caminho que estamos trilhando. Ao observar a fragilidade daqueles que estão à nossa frente, possamos fazer escolhas mais sábias ao longo do trajeto para, quando chegar nossa vez de aconselhar outros, compartilharmos tanta sabedoria quanto recebemos. Em cada estágio da vida, que possamos encontrar significado e transcendência, reconhecendo que, em Deus, encontramos a força para percorrer essa corrida de 100 metros.

Caso queira conversar um pouco mais sobre o tema, é só entrar em contato @ReynanMatos

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No mais, sigamos vivendo tão somente para honra e glória de Deus,

Que o amor por Cristo seja nossa motivação!

Fontes

1. Pablo Canalis. A brevidade da vida. Revista Adventista JAN/2024, p. 48

2. Nicole Brown-Dominguez. Reflexão de um centenário. Revista Adventista JAN/2024, p. 38-39

 

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