Carta aberta aos meus irmãos adventistas do sétimo dia sobre o envolvimento político-partidário
Carta aberta aos meus irmãos adventistas do sétimo dia sobre o envolvimento político-partidário

Carta aberta aos meus irmãos adventistas do sétimo dia sobre o envolvimento político-partidário

 

 

Vivemos em uma sociedade onde o envolvimento político está presente em praticamente todos os aspectos da vida. Assim como no esporte, a política pode atrair paixões e fervores que, se não equilibrados com princípios cristãos, podem se tornar prejudiciais. Embora a política seja essencial para o funcionamento da sociedade, precisamos ter cuidado para que ela não nos distraia de nosso compromisso com o Reino de Deus.

Reconheço que o envolvimento político pode trazer benefícios, principalmente aos mais vulneráveis. A participação ativa na sociedade e a busca por justiça e equidade são importantes. No entanto, se mal conduzido, esse envolvimento pode gerar divisões, inclusive dentro da igreja. O perigo da idolatria a ideologias e partidos é real. Em vez de focarmos em rivalidades ou exaltações pessoais, somos chamados a seguir o exemplo de humildade e serviço que Cristo nos deu. A Bíblia nos exorta: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas, humildemente, considerem os outros superiores a si mesmos” (Filipenses 2:3). Nosso envolvimento político deve sempre ser guiado por esses princípios.

Além disso, como cristãos, devemos ser conhecidos por nosso amor, humildade e pacificação, não por controvérsias políticas. Em nossos debates e discussões, é fácil esquecer que todos – independentemente de suas posições políticas – são candidatos ao Reino de Deus. Nossas interações, mesmo quando discordamos, devem refletir o desejo de alcançar os outros para Cristo. Nossa esperança não está nas soluções políticas temporárias, mas na Breve Volta de Jesus!

Outro perigo que precisamos evitar é a obsessão política. Quando a política toma um lugar maior que nosso relacionamento com Deus, nosso equilíbrio espiritual é comprometido. João nos adverte: “Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). Nossa lealdade deve ser primeiramente a Jesus Cristo e não a qualquer partido ou ideologia. Se em algum momento percebemos que nosso envolvimento político nos afasta de Deus ou prejudica nossa comunhão com os outros, é hora de reavaliarmos nossas prioridades.

Lembre-se: a vitória que realmente nos interessa não vem das urnas, mas da cruz. Não deixe de estar na casa de Deus para seguir em carreata pela vitória dos homens.

Que cada decisão que tomemos – seja nas urnas ou em nossas interações com os outros – reflita o caráter de Cristo e nos prepare para o Seu Breve Retorno.

Com estima Cristã,

Pr. Reynan Matos