Quando o “mais” tira a paz, ou o “menos” é melhor que o “mais”
Quando o “mais” tira a paz, ou o “menos” é melhor que o “mais”

Quando o “mais” tira a paz, ou o “menos” é melhor que o “mais”

NÃO EXISTE PAZ EM QUERER SEMPRE MAIS

Uma relação saudável com o dinheiro pode trazer uma sensação de profunda paz. Vivemos na ilusão de que a riqueza trará a felicidade, resolverá todos os nossos problemas e acabará com as preocupações. A verdade é o oposto disso: quanto mais dinheiro ganhamos, mais aumenta nosso trabalho ou nosso negócio. Quando as empresas crescem, os gastos e as folhas de pagamento também sobem. Fica mais difícil manter tudo funcionando com a mesma quantidade de esforço, e assim nossos problemas e nosso estresse aumentam junto.

No Japão, muitas pessoas acham que levariam uma vida próspera e tranquila se tivessem um rendimento mensal de cerca de 1 milhão de dólares. E faz sentido, não? Parece bem mais do que o suficiente. Porém, quando nossa renda fica tão alta, queremos casas maiores, carros melhores ou aumentar outras despesas porque achamos que podemos nos dar a esse luxo.

Aqueles com quem você passa seu tempo também mudam. você ganha amigos que têm o mesmo padrão de vida. Por isso acaba indo a restaurantes mais caros para não insultar ninguém sugerindo o restaurante barato que você amava quando era um estudante esfomeado. O que acaba acontecendo é que suas despesas aumentam tanto quanto a sua renda, e, em um mês com lucros menos estratosféricos, você sente a tensão de não ter dinheiro suficiente. Dá para imaginar isso?

Daria praticamente no mesmo se você ganhasse 3 milhões por mês. Em qualquer nível de riqueza sempre haverá alguém ganhando mais e fazendo coisas numa escala maior. Se você continuar subindo essa escada, chegará o dia em que seus amigos dirão algo assim: “No próximo fim de semana vou levar minha família ao Havaí no nosso jatinho particular. Estamos pensando em construir uma mansão de veraneio lá.”

Naturalmente, seu círculo de amizade continuará encarecendo o seu estilo de vida, já que é da nossa natureza criar hábitos e nos tornarmos semelhantes às pessoas com quem convivemos.

Quem mora em uma grande cidade sabe como é caminhar até um ponto de ônibus e sofrer com o transporte diário. Eventualmente, passa a pegar um táxi para o trabalho quando pode ou jantar em restaurantes melhores apenas porque o dinheiro deixou de ser um problema. Antes que você perceba, ainda que seu salário seja várias vezes maior do que quando começou a trabalhar, a quantia que sobra no fim do mês permanece constante, porque seus gastos também subiram!

Portanto, um salário de 1 milhão não garante a liberdade financeira. Nossos brinquedos só ficam cada vez mais caros.

Aqui vale um alerta: Os negócios vêm e vão em ondas. É fácil esquecer isso quando as coisas andam bem, mas, por mais bem-sucedido que você seja, sempre haverá ocasiões em que os ganhos diminuem um pouco. Muitas pessoas de sucesso costumam pensar de modo otimista e têm dificuldade para se adaptar às mudanças.

A realidade é que, independentemente de quanto seus ganhos ou seus bens aumentem, não haverá um tempo em que você poderá somente relaxar e deixar tudo pra lá. Mesmo com uma boa reserva no banco, sempre haverá questões que precisam da sua atenção, como transformações nos negócios, processos judiciais, problemas com funcionários, impostos… e por aí vai.

Quando você entra no ciclo de querer mais, perde a capacidade de reconhecer o que é realmente importante na sua vida. Se os negócios ou o trabalho vão bem, muita gente se vicia na empolgação. Vira um jogo, e, como num jogo, começamos a ter a ilusão de que nosso valor como seres humanos cresce com cada nível de realização. Podemos facilmente ficar mais tempo no trabalho em detrimento do tempo passado com a família ou cuidando dos nossos interesses pessoais.

Você entende o que quero dizer quando afirmo que não existe “vitória” ou satisfação no jogo de desejar sempre mais?

ENCONTRANDO MAIS NO MENOS

Sentir constantemente que você merece “mais” é um modo perigoso de viver. É simplesmente impossível ganhar mais para sempre. Mas a pressão existe e todo mundo a sente, e todo mundo quer mais. Hoje em dia, um número imenso de crianças chega em casa reclamando de tédio e os pais se sentem compelidos a mantê-las entretidas. Os cônjuges sofrem pressão para ganhar mais dinheiro, sair mais e ter mais para oferecer aos outros. Sentimos culpa quando não podemos oferecer mais. Até certo ponto, todo mundo deseja mais, mais, mais. No entanto, não somos bons em colocar nossos sentimentos em palavras. Até nossos líderes e modelos de comportamento buscam mais. Porém, os tempos estão mudando e algumas pessoas estão ficando fartas desse estilo de vida.

Como mencionei antes, eu tinha 29 anos quando passei por um período de semiaposentadoria para criar minha filha. Costumo brincar dizendo que, na transição do mais para o menos, me peguei mais ocupado do que nunca. Ironicamente, me senti mais estressado com a vida numa época em que deveria estar pegando leve (ou o mais leve possível, para um pai que fica em casa cuidando de uma criança pequena).

Você pode ser muito ocupado e ainda ter paz de espirito Por outro lado, pode não ter nada para fazer e pisar simultaneamente no acelerador e no freio mentais. Quanto tempo você acha que pode continuar assim antes de entrar em Colapso? Na era em que vivemos, nossa mente tem mais probabilidade de girar a mil quilômetros por hora quando há menos coisas para fazer.

Fazer o que você gosta e desapegar-se de tudo o que não é importante não representa necessariamente uma contradição. Você só precisa parar e pensar no que deseja e seguir nessa direção. Imagine uma vida interagindo somente com pessoas de quem você gosta, num lugar que você adora, fazendo apenas o que ama. Você acha que seria menos feliz ou seria feliz com menos? 😅🤭🚀 

Caso queira conversar um pouco mais sobre o tema, é só entrar em contato @ReynanMatos

Se você leu toda a publicação é provável que você também possa tirar algum proveito desses outros dois:

  1. O ponto de equilíbrio
  2. Pastor, você não é o profeta Elias, e tem mais

#leiamais 📚 #leiaaBiblia 📖 #compartilheleitura 👥

No mais, sigamos vivendo tão somente para honra e glória de Deus,

Que o amor por Cristo seja nossa motivação!

Fonte:

O texto acima é um CTRC+CTRV do livro: “Dinheiro Feliz” escrito pelo Ken Honda, p. 90-92; 152-153;

Tem algum dúvida?