Que tipo de líder e liderado você tem sido?
Que tipo de líder e liderado você tem sido?

Que tipo de líder e liderado você tem sido?

“Todo egoísmo, todo amor pela originalidade deve ser colocado de lado. Opiniões aceitas por muito tempo não devem ser consideradas infalíveis. Foi a relutância dos judeus em deixar suas antigas tradições que os levou à ruína. Estavam determinados a não ver qualquer falha em suas opiniões próprias e na sua forma de expor as Escrituras. […] Os que sinceramente desejam a verdade não serão relutantes em franquear à pesquisa e crítica as suas posições, e não se aborrecerão se suas opiniões e ideias forem contraditadas. Este era o espírito acariciado entre nós quarenta anos atrás. […] Temos muitas lições a aprender, e muitas, muitas a desaprender. Unicamente Deus e o Céu são infalíveis. Os que pensam que nunca terão de desistir de um ponto de vista acariciado, jamais terão ocasião de mudar de opinião, serão decepcionados. Enquanto nos apegarmos às próprias ideias e opiniões com determinada persistência, não podemos ter a unidade pela qual Cristo orou. Pudessem aqueles que são autossuficientes ver do ponto de vista em que o universo de Deus os vê, pudessem ver como Deus os vê, sentiriam tanta fraqueza, demonstrariam tanto desejo por sabedoria, que clamariam ao Senhor para ser sua justiça; desejariam esconder-se de Sua presença”.1

“Quando nossos planos e projetos são rejeitados, quando homens que dependem de nossa orientação concluem que o Senhor deseja que ajam e julguem por si mesmos, não devemos Ei ter espírito de censura ou exercer autoridade arbitrária para compeli-los a aceitarem nossas ideias. Aqueles que ocupam posições de autoridade devem constantemente cultivar o autocontrole”.2

“Eu suplico a todo pastor [líder] que busque o Senhor, ponha de lado o orgulho e a luta pela supremacia, e humilhe o coração diante de Deus. A frieza de coração, a incredulidade dos que deveriam ter fé é que mantêm fracas as igrejas”.3

Muitos líderes parecem ficar satisfeitos com a exposição de uma proposta sem que haja nenhuma voz discordante. Tais lideres parecem desconhecer que ao contrário do ditado popular que diz: “Quem cala consente”, no contexto religioso o silêncio dos liderados pode ser o grito de discordância diante de um líder pequeno.  E infelizmente essa realidade não é uma característica apenas dos nosso dias, o resultado de igual modo é tão semelhante quanto o do passado. Ou seja, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem a pensar um pouco mais aqueles que serão diretamente afetados pelas decisões ali tomadas, não irá demora para que tal grupo se apegue se conforme com o pensamento do isso foi sempre assim. Então passam a cultuar sabe lá o quê. Logo, o resultado inevitável é um afastamento do Deus infinito, para se voltar ao homem finito, “pondo a sabedoria humana em lugar da divina”.4

A todo aquele que exerce algum nível de liderança advirto: “Muitos dentre o nosso povo estão em perigo de tentar exercer domínio sobre outros, e pressão sobre os seus colegas. Existe o perigo de aqueles a quem são confiadas responsabilidades só reconhecerem um poder — o da vontade não santificada. Alguns têm exercido esse poder de maneira inescrupulosa, e causado grande abatimento naqueles a quem o Senhor está usando. Uma das maiores maldições do mundo (vista por toda parte, na igreja e na sociedade) é o desejo de supremacia. Os homens se tornam ansiosos por acumular poder e popularidade. Para nossa desolação e vergonha, esse espírito tem se manifestado nas fileiras dos observadores do sábado. Mas o êxito espiritual advém somente aos que aprenderam a mansidão e a humildade, na escola de Cristo. Devemos lembrar que o mundo nos julgará pelo que aparentamos ser. Que os que buscam representar a Cristo exerçam o cuidado de não exibir traços incoerentes de caráter”.5

Agora é a vez de advertir quem é liderado em alguma instância: “Não há nada mais desonroso que possa ser apresentado a Deus do que um homem subjugar debaixo de seu absoluto controle os talentos de outro homem. […]. Nessa situação, o homem que permite que sua mente seja governada pela mente de outro está se separando de Deus e se expondo à tentação. Ao transferir a responsabilidade de sua mordomia para outra pessoa, de depender de sua sabedoria, ele está colocando o homem no lugar de Deus. Aqueles que estão pensando em transferir essa responsabilidade estão cegos em relação aos resultados de sua decisão; mas Deus deixou isso bem claro diante de nós. Ele disse: “Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne mortal o seu braço” (Jr 17:5)”.6

Referências

1. WHITE, Ellen G. O outro poder. Tatuí – SP: CPB, 2010. p. 25

2. Idem. p. 26

3. RH, 26 de julho de 1892.

4. WHITE, Ellen G. O outro poder. Tatuí – SP: CPB, 2010. p. 27

5. Idem, p. 47

 

Tem algum dúvida?